quinta-feira, dezembro 29, 2005

comunistas improntos


dos improntos pouco sei
dos enquandos sei
dos inocorrentes sei
são o distante...

luto, contra mim, em pessoa, perdida luta
deveras culpa, de outra coisa
lá para trás, viver era assim...
espero, entretanto está tudo escondido, encontrar alguém
quer dizer, o que é uma pessoa?
aumentam os incêndios, apesar da falta de ar...

que te posso contar, há factos
também os haverá, desse lado
há as dificuldades do amor deste amor, como o teu
que se confunde com o resto da vida, há coisas que não explico
que não consigo, que me desmoronam
sim, ficam restos...

como conseguimos perder-nos, no meio de tanta coisa
nossa, há que perder, começar
para que quero eu isto, tudo pouco
que alegria estranha que se esgota
assim, logo...

há amizade, dos sós
abre, me
à franqueza, qualidade da fronte
olhos directos, sem medos receios
homens livres, dessa culpa ao menos de serem homens
algo grego, como coragem, comum, ismo
enfim, presumo...

comunistas como nós, que resta
daquela confusão inicial, todos aos encontrões
não cheguei a atingir ninguém, abstive-me
da alegria, da partilha
como me confunde, não haver faces
não haver amor, alheia imensidão
milagres de cada um, aqui ao pé
ficam tão longe, talvez existam, sempre existiram
devenho neutro, não era assim que era para ser
queria, não sei bem o quê já...

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