Estávamos num dos pontos de turismo sexual, com filipinas, tailandesas na montra da rua, em frente ao bar MP3 que, no cartaz, apresentava as novidades russas.
- Aqui rola mais dinheiro no jogo do que nos Estados Unidos inteiros.- exagera um português rendido à adrenalina macaense.
Os tubarões da terra tentavam introduzir o rapaz recém-chegado aos favores sexuais... pagos por eles.
- Não sais daqui sem levar uma massagem nas virilhas! – aliciam-no.
No jantar antes desse momento, com as esposas, eram óbvias as conveniências das relações. A esposa número 1 lembrou:
- Estive 15 dias em Luanda, as pessoas são tão queridas, podem ser pobres mas muito simpáticas. Não sei como vivem naquele musseque com tanto dinheiro e diamantes...
Está há mais de 20 anos em Macau e continua a falar com as empregadas filipinas com o paternalismo-salvaguarda do estatuto senhorial. O esposo é obcecado com a boa vida e todo o tipo de amoralidades, repetindo o lema epicurista: “divirtamo-nos”.
A esposa número 2 faz voluntariado num orfanato e, a propósito de Luanda, lembra-se de contar com voz fininha e sempre à beira do riso, uma sensação excitante:
- Eu uma vez fui a uma festa africana em Lisboa, nem queria acreditar, convidaram-me para dançar e eu muito inocente lá fui. Ai meus deus. Consegui sentir tudo, aquilo foi estranhíssimo. Voltei para casa e disse à minha mãe!
O marido, pessoa bastante inteligente, um operativo encantado com a energia e facilidade de fazer dinheiro em Macau ("o dinheiro do jogo favorece a qualidade de vida da comunidade", é a sua teoria), quase a despreza, despedindo-se com um seco “adeus” sem a olhar. Os homens vão para a noite e obviamente elas vão para casa. Por isso quando a esposa nº 2 aparece imprevisivelmente no bar não é sem desprezo que a recebe e não lhe dirige palavra. Estranho mundo das aparências, ninguém se incomoda com as vidas paralelas e desconectadas, isso faz parte das terras das oportunidades.
- Aqui rola mais dinheiro no jogo do que nos Estados Unidos inteiros.- exagera um português rendido à adrenalina macaense.
Os tubarões da terra tentavam introduzir o rapaz recém-chegado aos favores sexuais... pagos por eles.
- Não sais daqui sem levar uma massagem nas virilhas! – aliciam-no.
No jantar antes desse momento, com as esposas, eram óbvias as conveniências das relações. A esposa número 1 lembrou:
- Estive 15 dias em Luanda, as pessoas são tão queridas, podem ser pobres mas muito simpáticas. Não sei como vivem naquele musseque com tanto dinheiro e diamantes...
Está há mais de 20 anos em Macau e continua a falar com as empregadas filipinas com o paternalismo-salvaguarda do estatuto senhorial. O esposo é obcecado com a boa vida e todo o tipo de amoralidades, repetindo o lema epicurista: “divirtamo-nos”.
A esposa número 2 faz voluntariado num orfanato e, a propósito de Luanda, lembra-se de contar com voz fininha e sempre à beira do riso, uma sensação excitante:
- Eu uma vez fui a uma festa africana em Lisboa, nem queria acreditar, convidaram-me para dançar e eu muito inocente lá fui. Ai meus deus. Consegui sentir tudo, aquilo foi estranhíssimo. Voltei para casa e disse à minha mãe!
O marido, pessoa bastante inteligente, um operativo encantado com a energia e facilidade de fazer dinheiro em Macau ("o dinheiro do jogo favorece a qualidade de vida da comunidade", é a sua teoria), quase a despreza, despedindo-se com um seco “adeus” sem a olhar. Os homens vão para a noite e obviamente elas vão para casa. Por isso quando a esposa nº 2 aparece imprevisivelmente no bar não é sem desprezo que a recebe e não lhe dirige palavra. Estranho mundo das aparências, ninguém se incomoda com as vidas paralelas e desconectadas, isso faz parte das terras das oportunidades.
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