Para ir à dança no estádio da luz, tinha de passar por esses brutos, atravessar o mega buraco de lama onde futuramente iriam construir o maior centro comercial do país, um tal de Colombo, onde outrora houvera um acampamento de ciganos.
Regressava à noite e ainda ia à Gel, café do bairro onde nos encontrávamos todos para mais uma vez nos sentarmos no muro e ganhar tempo a falar do nada. Um dia os meus pais disseram que íamos viver para os Açores e passaria dois anos sem ver aquelas pessoas todos os dias. Foi duro, mas o melhor que podia acontecer.
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