sábado, fevereiro 19, 2011

escrevi-lhe numa carta em 2004

Gostava que conhecesses um pouco da minha vida aqui. De como a minha casa é grande e branca, com uma varanda sempre inundada de luz com uma rede onde me deito a ver baixar o sol atrás dos montes. De como vivo com uma italiana sempre sorridente, que é uma espécie de anjo daqueles raros.
Todos os dias passam cá muitos amigos, pessoas válidas. Muitas vezes somos cinco de cinco nacionalidades e entendemo-nos bem neste quotidiano que para todos, nas respectivas vidas, é revolucionário.
De como a ilha é seca e parece que toda a gente dá passos importantes. As coisas acontecem e é visível esse movimento. De como o mundo circula aqui na periferia.

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