domingo, abril 29, 2007

abertura

O calor entontece. Deixar as longas horas que nunca chegam ser o resguardo de um possível. Saber que não há maldade nisso mas só eu o sei e de fora não parece. O corpo é mistério: a entrega apenas a umas horas de abraçados, uns aos outros navegamos numa tristeza a ranger baixinho, nos telhados em silêncio com palmeiras dentro de casa. Seria bom prescindir de todas as culpas tão exteriores a nós. Não ter medos de te conhecer assim de perto. Levar o verão até às últimas consequências, deixar que o riso entre dentro das sobranceiras e faça abrir a cara até mais não. Contaminados todos no riso.

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