quinta-feira, novembro 30, 2006

alma líquida


fotografia de Kiluanji Kia Henda
Gosto das pessoas de alma líquida. Enternecem no seu mundo regrado de silêncios e de olhares perpendiculares. Em quantos passos se traduz o futuro? Os passos que tantas vezes se atropelam e sucumbem e, como numa tragédia, sofrem reviravoltas.
Acontece-me prender-me ao riso aberto e sonoro das meninas do lado, um riso que tem uma cor negra a rasgá-lo. Fico nesses instantes a achar que a vida nos trespassa com uma força voraz, que nos lança as suas garras como instrumentos que não sabemos usar. Uma alegria tonta e desajeitada como a daquele louco que aí vem a gesticular contra a lama.

1 comentário:

Anónimo disse...

olá meus amigos

o meu comentário veio cair aqui na quimera da deusa de ébano mas o que eu venho é sobre os textos do henri michaux, saber se existe publicação traduzida (nós dois ainda sei que está esgotado, mas agrdeço terem posto postado na íntegra) ou, no caso de serem vocês os tradutores, saber se há mesmo e pedir-lhes que metam

a vossa mui comovente marie-louise
não sei quantos dedos tenho nas mãos

gonçalo
(o meu mail é umcertoplume@msn.com, muchas gracias)