Era velho, tinha olhos grandes e quando ria fazia eco. Nos dias em que estava triste (pouquíssimos), no prédio todo se fazia silêncio: as portas não batiam, não se arrojavam cadeiras no chão, não se corria nas escadas, não se levantava a voz, as crianças não faziam birra. Todos concordavam numa coisa: a dor do homem não podia suportar o barulho de insignificâncias.
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