Acreditava profundamente numa espécie de espelho que as noites iam esmigalhando por dentro. De tal maneira que todas as palavras e todos os gestos dele eram uma refracção dessa crença. Um dia, ao despir-se, percebeu que os pedacinhos de espelho luziam e foi então que resolveu permanecer nu. Juntou-se às pedras e não disse mais nada. Morreu de frio, luzindo das entranhas, sem saber no que acreditava.
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