- Eu queria ser uma árvore.
- Desculpa?
- Não é bem querer ser, é ser de facto. Eu sou uma árvore.
- De que género?
- Daquelas encarquilhadas que se erguem todos os dias sem razão aparente e que ninguém vê senão ao fim da tarde quando a luz deixa de ter descanso numa rua deserta a arder.
- Nesse caso o que dizes todos os dias à beira da morte, na iminência das chamas?
- Agarra-me senão eu caio.
- E se te agarrar?
- Ardo na mesma.
1 comentário:
há dias assim...
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