sexta-feira, março 10, 2006

Der blaue Punkt


Aos dias suspirados acompanho-os da atenção a uma singularidade física, na forma de uma pequenina mancha azul submersa na pele do indicador da mão esquerda, a mais desocupada. Hoje, de súbito insatisfeito com o culto que lhe presto, tentei arrancá-la com o bico do lápis. A frágil pele nada pôde contra o bem afiado intruso que forçava passagem por entre células doravante inviáveis. Mas este ínfimo sinal da minha ínfima nobreza, contra o que esperava, resistiu, afundando-se ainda mais na superfície de outra dimensão.

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