quinta-feira, dezembro 29, 2005

A noite, vista de uma janela


Um dia restará em mim apenas o bloco mais denso – a indomável violência – que me impede o pudor e resiste desde sempre ao apagamento (e apenas os ramos ásperos da árvore despida que vive em frente me dão uma certa esperança; aspiro porventura à sua digna solidão, eu que acredito na noite, vista de uma janela).

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