terça-feira, junho 21, 2011

narrativas

Quando ela era uma miúda provocadora, irrequieta e atrevidota, achava que as raparigas mais velhas não tinham graça nenhuma, por serem caretas, cheias de ideias feitas e incapacidade de sonhar. Agora olha para as miúdas mais novas e pensa que nada sabem da vida, não conhecem a dor nem têm capacidade de ironia com tanta ingenuidade. Mesmo as carinhas larocas ainda não vincadas por qualquer sinal da idade lhe parecem um atentado à verdadeira beleza. Pois, de argumentos para se conseguir viver consigo mesmo está o inferno cheio.

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