quarta-feira, maio 04, 2011

desconcerto

Encontro-me num cenário bastante promissor e surrealizante.
Dia de sol, montanhas com picos de neve, lago azul enorme, árvores frondosas, comida glamourosa, corte de ténis, pessoas poliglotas de 4 línguas para cima, uma paz imensa em redor.
Uma semana de retiro no Monte Veritá, Ascona, Locarno, a discutir e pensar sobre violência urbana, drogas e jovens. O tráfico e o crime, de Bogotá ao Rio, da investigação criminal no México às ex-crianças soldado de Moçambique, literatura de favelas, chicas pré-pago, prostitutas transcontinentais, guerreiros urbanos, filmes amadores de luta, saudosos Pixote e Cidade de Deus, jovens guineenses não violentos, Thag life na Praia, peça de teatro sobre putas e assaltos, kuduro e outros que tais.
Neste lugar feito por naturalistas e boémios, carregado de utopias e acolhedor de refugiados, onde passaram temporadas ilustres figuras, como o anarquista Bakunini, o dadaísta Hugo Ball, o pintor Klee, Kandinsky e tantos outros, acredito que nunca terá havido tanto sangue, crime e horror juntos.

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