A calma da longa manhã nas tabancas guineenses: cabras, vacas e cães vão surgindo, um fuminho cheiroso vindo das casas visita-nos, homens ensaboam-se atrás de uma casota de palha, mulheres varrem com palha o alpendre da morança, crianças penteiam a carapinha para de seguida trançá-la, o ar respira frescura antes da caloraça.
Meio-dia os sons das panelas de barro, os insectos e os pássaros, o balde a subir ao poço.
A cozinha é sempre exterior, uma casinha com um forno. Na única casa de gente da cidade, as empregadas estão sentadas na cozinha exterior, em redor de uma travessa, a comer com as mãos os restos de arroz dos patrões.
O mensageiro vem pessoalmente dar notícias de vez em quando.
É bom fazer parte de um momento do quotidiano de uma forma transitória, sem ter nada a ver com ele. Diz um provérbio africano: “um tronco de uma árvore pode estar durante muitos anos no rio mas nunca se torna crocodilo.”
Sem comentários:
Enviar um comentário