Indivíduos letrados, iluminados, isentos e racionais, com a missão de ser árbitro do sistema político, corrigindo as injustiças, alertando para os problemas sociais e conformando a acção dos governantes às expectativas da população. São os que dão e fazem opinião, os ruminadores. Os que escrevem poemas, crónicas, blogues, livros e falam na internet, rádio, televisão e conferências. E tudo lhes é acessível, desde o Iraque, o Líbano, o Hugo Pratt, Pessoa, Cimeira Europa-África, a reforma do ensino, a segurança social, o Ocidente e o kuduro. Não suporto.
Cada vez mais longe do conselho de Deleuze: é preciso resistir a estas forças sociais que nos forçam a falar quando não temos nada a dizer.
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