Ele emocionou-se a meio da entrevista. Teve de parar, desligar a máquina que registava aquele relato trágico. Era a filha de um cantor popular que contava como tinha sido dramático na vida daquela família terem assassinado o pai, crescer a ouvir barbaridades e terem de se defender, das mentiras e da memória do pai. Um grande cantor cujos temas enchem a boca de tantos intérpretes, inflamam o orgulho de tanto angolano para afinal ter sido morto na febre violenta de Maio de 77.
Ela desfiava aquela estória e a raiva já esbatida ainda fazia mais impressão.
1 comentário:
Reconheço-me. Muitos fantasmas, naquele momento. Essa reportagem tirou-me horas e horas de sono e deixou-me de rastos, emocionalmente... reproduzi este texto no meu blog. beijos.
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