quinta-feira, janeiro 29, 2009

à superfície chinesa

É uma arte muito ruidosa, diz a mexicana sobre a arte chinesa contemporânea. Dois casais urbanistas da Cidade do México, onde deixaram uma bebé de 10 meses, vieram à China para um congresso de urbanismo. Explicam-me que os chineses estão a planear as casas, que têm uma média 70m2, a longo prazo mas com a maior rapidez constroem tudo: “O que a América fez em 50 anos eles estão a fazer em 10.”
Falamos das bizarrias da comida chinesa - espetadas de escorpião, cavalo marinho, etc. Dos hábitos estranhos: cuspir, empurrar. Das coisas que nos aproximam como o gostar de gozar com tudo, num riso meio infantil (eu reconheço-me). Da noção de espaço: da maneira como atravessam a rua (aprendem agora com os Olímpicos as 'boas maneiras' para receber turistas) à memória da fome: as mulheres mais velhas servem-se à bruta no buffet do restaurante tentando aproveitar ao máximo a abundância.
Enfim, são as conversas possíveis entre forasteiros que ainda não percebemos nada do sítio onde viemos parar.

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