segunda-feira, dezembro 24, 2007

futuros fofinhos

Abomino o fazer-se projecções para o futuro, como uma limpeza do lixo para debaixo do tapete: a partir de Janeiro vou mudar, esta é a última semana que faço isto, que vou trabalhar naquilo, deixarei de fumar no dia tal, vou viver para a Austrália a partir de março… É uma segurança assim as coisas arrumadas lá mais para a frente, não ter de revirar tudo de imediato, a ideia da coisa ir-se instalando devagarinho atrás do córtex.
Não gosto destas promessas confortáveis, as decisões devem tomar-se aqui e agora, pois devem ser imperativos.
(que tom categórico, mama mia!)

1 comentário:

Marta Rema disse...

:-) delicioso. Há qualquer coisa de exuberante na afirmação. Talvez o humor da leveza.