domingo, agosto 05, 2007

paragem

Um bar em tons de verde. Mesas brancas. Vinte negros com a cabeça na exacta e mesma direcção. A televisão é o espectáculo possível. Gestos pachorrentos, bonés e cervejas em cima da mesa. Um engenheiro branco de cotovelo em cima do balcão e outra mão na garrafa bebe a sua gasosa com o ar decidido de quem está a cumprir metas. Dentro de uma viagem a paragem nos acolhimentos da estrada. Fora do bar há estrelas potentes, os camiões aguardam os seus motoristas. O som dos geradores é música ambiente em qualquer zona de Angola, um som caseiro que nos indica que há luz, logo que a felicidade é possível, na lógica do remediar o desleixo dos demais.

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