Existe gente para quem tudo é apenas imagem, o valor das coisas reside exclusivamente no potencial da imagem, na sua capacidade de sugestão, de remeter para outra coisa. Assim a imagem de uma mulher a carregar um cântaro à cabeça é apenas um objecto estético, a recriação de um ambiente, o décor para um filme, nunca o gesto real que existe pela sua necessidade, a sua precisa medida: ter de andar a acarretar água num quotidiano que lhe exige isso para sobreviver.
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