sábado, julho 22, 2006

[inacabado, que não corrijo...]


lês, leio
assustado, sou levado
à urgência que me apaga
respondo em espelho

compreendo mal
não compreendo
a transparência
a quebrar
quebrada
de frio, de crueldade e tudo o mais
transparência para ti
desse lado talvez

enganamo-nos
engano
a mulher fugida
a criança presa
o nome do avesso, as marcas cicatrizadas
queimadas antigas
avanças atrás
belo modo
de dar

sim
de fora
estou
como uma transparência
pronto a quebrar
antes, a explodir
milagre de maldade
outra infância
são imensas
é o mal do mundo
serem tantas

intervalo

o que nos une
a distância
bem certo
esse longe que protege
a amizade dos sós
ressurgida

acrescento
medo
não do amor
de quem te ama
engasgado
antecipo
a sufocação
o monstro
que sou
a devorar
acréscimo súbito
de mandíbulas infatigáveis
deixa de haver pessoas à volta
viro a cara
outro dia
novo massacre

(2004)

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